O mestre Engels fala sob o materialismo histórico


"A concepçom materialista da história parte da tese de que a produçom, e trás dela o troco dos seus productos, é a base de toda ordem social; de que em todas as sociedades que desfilam pola história, a distribuçom dos seus produtos, e com ela a divissom social dos homes em classes ou estamentos, é determinada polo que a sociedade produz e como o produz e polo modo de trocar os seus produtos. Segundo isso, as últimas causas de toda-las mudanças sociais e de toda-las revoluções políticas nom devem buscar-se nas cabeças dos homes nem na ideia que eles fagam da verdade eterna nem da justiça, se nom nas transformações operadas no modo de producçom e de troco; devem buscar-se nom na filosofia, se nom na economia da época da que se trata. Quando nace nos homes a consciência de que as instituções sociais vegentes som irracionais e injustas, de que a raçom tornou-se em sem-raçom e a bendiçom em praga, iso nom é mais que um indicio de que nos métodos de produçom e nas formas de troco producirom-se silenciosamente transformações com as que já nom concorda a orde social, cortado polo pratom de condições económicas anteriores. Com isto queda que nas novas relações de produçom tenham que conter-se já –mais ou menos desenvoltos- os médios necessários para ponher fim aos males descubertos. E estes medios nom devem de quitar-se da cabeça de ninguém, se nom que é a cabeça a que tem que descubri-los nos feitos materiais da producçom, tal e como os oferece a relidade."

Os estandartes feixistas aos pés dos vencedores


Com motivo do Gram Desfile da Vitória sob a Alemanha feixista os soldados do glorioso Exército Vermelho portam os estandartes feixistas e deitam-nos diante do mausoléu do mestre Lenine, aplaudidos e reconhecidos polo povo soviético que estivo presente nessa memorável e histórica marcha.

O camarada e querido lider King Jong Il fala sob a difamaçom do socialismo


"É absurdo empregar esses termos (totalitarista, acampamento militar ou sistema de administraçom de ucasse) para difamar ao socialismo. O totalitarismo serviu sempre de ideal político aos ditadores feixistas. Os tristemente célebres Hitler, da Alemanha, e Mussolini, da Itália, utilizarom-no como recurso ideológico para justificar a sua ditadura feixista. Baixo o enganoso lema "socialismo estatal" esses tiranos argumentavam que em aras de toda naçom ou de todo o estado nom se devia permitir nengum tipo de movimento obreiro nem de luita de classes e entregarom-se a pisoteiar até a mais elemental liberdade e direitos democráticos das massas trabalhadoras e a impor umha política repressiva dum selvagismo sem precedentes. A essência do totalitarismo consiste em sacrificar os interesses do povo trabalhador a favor dos das classes dominantes reaccionárias com o argumento de que o indivíduo deve submeter-se à totalidade. O termo totalidade ao que se refere no totalitarismo nom significa todas as massas populares, se nom a escassa minoria de capitalistas monopolistas, latifundista, burocratas reaccionários, chefes militares e demais sectores privilegiados. Tachar de "totalitarismo" ao socialismo onde as massas populares som donas de todo, implica, o fim de contas, um argumento sem fundamento algum que trata de igualar o mais avançado ideal que reflexa as exigências das massas populares com o reaccionário dos governantes feixistas.
Acusar ao socialismo de "acampamento militar" é também umha argúcia farto absurda. O modo de vida social determina-se pola ideologia e muda segundo o regime da sociedade. O socialismo é a ideologia mais progressista, a que reflexa a exigência essencial do homem, e o seu regime, o mais avançado, já que permite às massas populares desfrutar a plenitude da sua existência independente e criadora. O regime que reprime o seu espírito independente e criador, nom é o socialista, se nom o capitalista. Na sociedade capitalista, onde o povo trabalhador é escravo do capital, é impossível assegurar-lhe umha digna vida independente e criadora. Desacreditar o socialismo tratando-o de "acampamento militar" é umha propaganda perversa que apresenta o branco como preto.
Também é umha patranha sem fundamento tachar ao socialismo de "sistema de administraçom de ucasse". Em geral, a administraçom por ucasses é um caduco método de governar na sociedade exploradora com o que as classes privilegiadas imponhem por coerçom as suas exigências. Na sociedade capitalista, onde a vida económica realiza-se de modo espontâneo em virtude da lei da oferta e a demanda, a administraçom do estado e a sociedade desenvolve-se por ordes em todos os casos e as massas populares, simple objecto desse sistema, tenhem só a obrigaçom de obedece-las. Em contraste, na sociedade socialista elas, convertidas em protagonistas do estado e a sociedade, desfrutam desta posiçom também na administraçom e desempenhar o papel correspondente. O rasgo característico da administraçom do estado e a sociedade polas massas radica na prioridade que se lhes concede à labor política, na ajuda que brindam as instâncias superiores às inferiores e na colaboraçom camaraderil. Isto é radicalmente diferente do método de administraçom burocrática da velha sociedade, na que todo se impom polo mandato. Esse método que se fixo sentir anteriormente na prática do socialismo nom emanou da natureza deste regime, se nom que foi herdado da velha sociedade exploradora. Com o pretexto de oponher-se ao "sistema de administraçom de ucasse" os traidores ao socialismo dirigirom a ponta de lança contra o centralismo democrático. Este constitui o princípio básico que rege as actividades do estado socialista, e o centralismo está organicamente relacionado com a democracia, o qual torna-se característica particular destas actividades. Os que baixo a consigna de "democracia" eliminarom o centralismo e implantarom um estado de caos, vam abertamente polo caminho da ditadura burguesa após de ter destruído o socialismo."

O mestre Marx fala sob a religiom


"A religiom aporta satisfações imaginárias ou fantásticas que desviam qualquer esforço racional por achar satisfações reais."

O camarada Staline fala sob os direitos das nações


"A naçom tem direito a determinar livremente os seus destinos. Tem direito a organizar-se como lhe praza, naturalmente, sempre e quando nom menoscabe os direitos de outras nações. Isto é indiscutível."

O mestre Marx fala sob a classe dominante e os seus interesses


"Toda classe dominante ve-se na obriga, para conseguir os seus objectivos, de apresentar os seus interesses como o interesse comum de toda a sociadade; isto é: dar as suas ideias a forma da generalidade, de apresenta-las como as únicas razoávels, as únicas válidas de modo geral."

O mestre Lenine fala sob a crise


"As crises demonstram que os obreiros nom se podem limitar a luitar para obter dos capitalistas conceições parciais... pois, quando se produza o "crack", os capitalistas nom só arrebataram aos trabalhadores os direitos conquistados. E assim continuará sucedendo inevitavelmente até que os exércitos do proletariado socialista botem abaixo o domínio do capital e da propiedade privada."

Cartazes soviéticos (traduzidos) VIII


Juro que derrotarei ao inimigo!

O mestre Marx fala sob a mercadoria


"A primeira vista, umha mercadoria semelha ser umha cousa trivial, de compreensom inmediata. A sua analise demonstra que é um objecto endemenhado, rico em subtilezas metafísicas e reticências teológicas."

Redobre lento pola morte de Staline


No mês que se conmemora a morte do camarada Staline, publicamos esta fermosa poesia titulada "Redobre lento pola morte de Staline" e escrita polo poeta comunista Rafael Alberti (1902-1999), escrito o 9 de Março de 1953 ante o falecimento de Staline. Esperamos que seja do seu agrado.


I
"Por encima del mar, sobre las cordilleras,
a través de los valles, los bosques y los ríos,
por sobre los oasis y arenales desérticos,
por sobre los callados horizontes sin límites
y las deshabitadas regiones de las nieves
va pasando la voz, nos va llegando
tristemente la voz que nos lo anuncia.
José Stalin ha muerto.

A través de las calles y las plazas de los
grandes poblados,
por los anchos caminos generales y
perdidos senderos,
por sobre las atónitas aldeas, asombradas campiñas,
planicies solitarias, subterráneos
corredores mineros, olvidadas
islas y golpeados litorales desnudos
va pasando la voz, nos va llegando
tristemente la voz que nos lo anuncia.
José Stalin ha muerto.

Va cruzando las horas oscuras de la
noche,
la madrugada, el día, los extensos
crepúsculos,
todo lo austral y nórdico que
comprende la tierra,
y no hay razas, no hay pueblos, no hay rincones,
no hay partículas mínimas del mundo
en donde no penetre la voz que va llegando,
la voz que tristemente nos lo anuncia.
José Stalin ha muerto.

II
(A dos voces)
1. Padre y maestro y camarada:
quiero llorar, quiero cantar.
Que el agua clara me ilumine,
que tu alma clara me ilumine
en esta noche en que te vas.

2. Se ha detenido un corazón.
Se ha detenido un pensamiento.
Un árbol grande se ha doblado.
Un árbol grande se ha callado.
Mas ya se escucha en el silencio.

1. Padre y maestro y camarada:
solo parece que está el mar.
Pero las olas se levantan,
pero en las olas te levantas
y riges ya en la inmensidad.

2. Cerró los ojos la firmeza,
la hoja más limpia del acero.
Sobre su tierra se ha dormido.
Sobre la Tierra se ha dormido.
Mas ya se yergue en el silencio.

1. Padre y maestro y camarada:
vuela en lo oscuro un gavilán.
Pero en tu barca una paloma,
pero en tu mano una paloma
se abre a los cielos de la paz.

2. Callan los yunques y martillos.
El campo calla y calla el viento.
Mudo su pueblo le da vela.
Mudos sus pueblos le dan vela.
Mas ya camina en el siencio.

1. Padre y maestro y camarada:
fuertes nos dejas, Mariscal.
Como en las puntas de la estrella,
como en las puntas de tu estrella
arde en nosotros la unidad.

2. Vence el amor en este día.
El odio ladra prisionero.
La oscuridad cierra los brazos.
La eternidad abre los brazos.
Y escribe un nombre en el silencio.

III
No ha muerto Stalin. No has muerto.
Que cada lágrima cante
tu recuerdo.
Que cada gemido cante
tu recuerdo.
Tu pueblo tiene tu forma,
su voz tu viril acento.
No has muerto.
Hablan por ti sus talleres,
el hombre y la mujer nuevos.
No has muerto.
Sus piedras llevan tu nombre,
sus construcciones tu sueño.
No has muerto.
No hay mares donde no habites,
ríos donde no estés dentro.
No has muerto.
Campos en donde tus manos
abiertas no se hayan puesto.
No has muerto.
Cielos por donde no cruce
como un sol tu pensamiento.
No has muerto.
No hay ciudad que no recuerde
tu nombre cuando era fuego.
No has muerto.
Laureles de Stalingrado
siempre dirán que no has muerto.
No has muerto.
Los niños en sus canciones
te cantarán que no has muerto.
Los niños pobres del mundo,
que no has muerto.
Y en las cárceles de España
y en sus más perdidos pueblos
dirán que no has muerto.
Y los esclavos hundidos,
los amarillos, los negros,
los más olvidados tristes,
los más rotos sin consuelo,
dirán que no has muerto.
La Tierra toda girando,
que no has muerto.
Lenin, junto a ti dormido,
también dirá que no has muerto."

O mestre Lenine fala sob o poder da unidade do povo


"Jamais poderá ser derrotado um povo no qual, os operários e labregos sabem, sentem e vem que luitam polo seu próprio poder, polo poder soviético, o poder dos trabalhadores, pola causa cuja vitória assegurara-lhes-á a eles e a seus filhos todos os benefícios da cultura e todo o que foi criado polo trabalho humano."

O camarada Gramsci fala sob o trotskismo"


"O trotskismo é a puta do feixismo"

O mestre Mao fala sob comunismo e patriotismo


"Podem os comunistas, que som internacionalistas, ser o mesmo tempo patriotas? Sostemos que nom só podem se nom que devem se-lo. O contido concreto do patriotismo está determinado polas condições históricas. Existe o patriotismo dos agressores japoneses e de Hitler, e existe o nosso patriotismo. Os comunistas devem oponher-se resoltamente o patriotismo dos agressores japoneses e de Hitler. Os comunistas japoneses e alemães som derrotistas com respeito às guerras sostidas polos seus países. Recorrer a todo-los medios posíveis para fazer fracassar as guerras dos agressores japoneses e de Hitler, corresponde aos interesses dos povos japonés e alemã, e quando mais completa seja a derrota, tanto melhor. (...) Isto explica-se porque as guerras desatadas polos agressores japoneses e Hitler prejudicam aos povos dos seus própios países da mesma maneira que aos demais povos do mundo. O caso de China é distinto, porque ela é vítima da agressom. Por conseguinte, os comunistas chinos devemos uni-lo patriotismo com o internacionalismo. Somos à vez internacionalistas e patriotas, e a nossa consigna é, luitar em defesa da pátria contra os agressores. Para nós, o derrotismo é um crime, e luitar pola vitória na guerra de resistência contra o Japom, um dever ineludível. Porque somente luitando na defesa da pátria poderemos derrotar aos agressores e lograr a liberaçom nacional, e, só logrando a liberaçom nacional, o proletariado e os demais trabalhadores poderam conquistar a sua própia emancipaçom. A vitória de China e a derrota dos imperialistas invasores constituiram umha ajuda para os povos dos demais países. De ahí que o patriotismo seja a aplicaçom do internacionalismo nas guerras de liberaçom nacional."

O camarada Staline fala sob a questom nacional


"A questom nacional, nas diversas épocas, serve interesses distintos, adquire matices distintos, em funçom da classe que a propom, e o momento no que a propom."

O camarada Enver Hoxha fala sob os marxistas-leninistas


"Os marxistas-leninistas nom som nem sectários nem amplos, som revolucionários firmes nos princípios, mas flexíveis na táctica."

O mestre Marx fala sob a luita


"A pior luita é a que nom se fai."

O mestre Mao fala sob o partido e as massas


"Um partido revolucionário é o guia das massas, e nom há revoluçom que nom fracasse quando esse partido conduze-as por um caminho erróneo."

O dissidente soviético Alexandr Zinoviev fala sob o camarada Staline


"Eu era um anti-stalinista convencido desde que tivem dezanove anos. A ideia dum atentado contra Staline invadia os meus pensamentos e os meus sentimentos. Estudávamos as possibilidades "técnicas" dum atentado. Depois passamos à preparaçom pratica. Se me condenaram a morte em 1939, esta decisom seria justa. Concebera um plano para matar a Staline, acaso isto nom era um crime? Enquanto Staline viveu, eu via todo isto doutra maneira, mas hoje, quando podo sobrevalorar este século, digo: Staline foi a mais grandiosa personalidade deste século, o político mais genial. Adoptar umha atitude científica com respeito a alguém nom significa comprometer-se com umha atitude pessoal."

FC Start: A história da equipa que preferiu morrer antes que perder


A história do futebol mundial inclue miles de episódios emotivos e conmovedores, mas seguramente nengum seja tam terrível como o que protagonizarom os jogadores do Dinamo de Kiev nos anos ’40. Nestas linhas contara-se, a modo de homenagem, a história dos jogadores que jogarom um partido sabendo que se ganhavam seriam assassinados, e sem embargo decidirom ganhar.

Na morte derom umha liçom de coragem, de vida e honra, que nom encontra, polo seu dramatismo, outro caso similar no mundo.
Para compreender a sua decisom, é necessário conhecer como chegarom a jogar aquel decisivo partido, e por que um simple encontro de futebol apresentou para eles o momento crucial das suas vidas.
Todo começou o 19 de Setembro de 1941, quando a cidade de Kiev (capital ucraniana) foi ocupada polo exército nazi, e os homens de Hitler despregarom um regime de castigo impiadoso e arrasarom com todo. A cidade converteu-se num inferno controlado polos nazis, e durante os meses seguintes chegarom centos de prisioneiros de guerra, aos que nom se permitia trabalhar nem viver em casas, polo que todos vagavam polas ruas, na mais absoluta indigência. Entre aqueles soldados doentes e desnutridos, estava Nikolai Trusevich, quem tinha sido arqueiro do Dinamo de Kiev.
Josef Kordik, um panadeiro alemão a quem os nazis nom perseguiam, precisamente pola sua origem, era siareiro fanático do Dinamo. Um dia caminhava pola rua quando, surpreendido, olhou a um pordiosero e de imediato deu-se conta de que era o seu ídolo: o gigante Trusevich.
Ainda que era ilegal, mediante artimanhas, o comerciante alemão enganou aos nazis e contratou ao arqueiro para que trabalha-se na sua panaderia. O seu afam por ajudá-lo foi valorizado polo arqueiro, que agradecia a possibilidade de alimentar-se e dormir baixo um teito. Ao mesmo tempo, Kordik emocionava-se por ter feito amizade com a estrela de sua equipa.
Na convivência, as charlas giravam sempre sobre o futebol e o Dinamo, até que o panadeiro tivo umha ideia genial: encomendou-lhe a Trusevich que em lugar de trabalhar com ele amasando pam, se dedicasse a procurar ao resto doa seus companheiros. Nom só lhe seguia pagando, senom que juntos podiam salvar aos outros jogadores.
O arqueiro percorreu o que ficava da cidade devastada dia e noite, e entre feridos e mendigos foi descobrindo, um a um, a seus amigos do Dinamo. Kordik deu-lhes trabalho a todos, esforçando-se pára que nom se descobrisse a manobra. Trusevich encontrou também alguns rivais do campeonato russo, três futebolistas da Lokomotiv, e também os resgatou. Em poucas semanas, a panaderia escondia entre os seus empregados a umha equipa completa.
Reunidos polo panadeiro, os jogadores nom tardarom em dar o seguinte passo, e decidirom, incentivados polo seu protector, voltar a jogar. Era, ademais de escapar dos nazis, a única cousa que podiam fazer. Muitos perderam as suas famílias a mãos do exército de Hitler, e o futebol era a última sombra que sobrevivia das suas vidas anteriores.
Como o Dinamo estava clausurado e proibido, derom-lhe ao seu conjunto um novo nome. Assim nasceu o FC START, que através de contactos alemães começou a desafiar a equipas de soldados inimigos e selecções da órbita do III Reich.
O 7 de Junho de 1942, jogarom o seu primeiro partido. Pese a estar famintos e ter trabalhado toda a noite, vencerom 7 a 2. O seu seguinte rival foi a equipa de umha guarniçom húngara e ganharom-lhe 6 a 2. Depois meterom-lhe 11 golos a umha equipa rumana. A cousa pujo-se séria quando o 17 de Julho enfrentarom-se a umha equipa do exército alemão e o golearom 6 a 2. Muitos nazis começarom a molestar-se pola crescente fama deste grupo de empregados de panaderia e procurarom-lhe umha equipa melhor para rematar com eles. Chegou o MSG húngaro com a missom de derrotá-los, mas o FC Start aplastou-no 5 a 1, e mais tarde, ganhou 3 a 2 na revanche.
O 6 de agosto, convencidos da sua superioridade, os alemães prepararom umha equipa com membros da Luftwaffe, o Flakelf, que era umha grande equipa, utilizado como instrumento de propaganda de Hitler. Os nazis tinham resolvido procurar o melhor rival possível para acabar com o FC Start, que já tinha ganhado grande popularidade no povo submetido. A surpresa foi maiúscula, sem embargo, porque pese às patadas dos alemães, o Start venceu 5 a 1.
Após dessa escandalosa caida da equipa de Hitler, os alemães descobrirom a manobra do panadeiro. Desde Berlim chegou a ordem de matá-los a todos, mas os jerarcas nazis nom se contentavam com isso. Nom queriam que a última imagem dos russos fosse umha vitória, porque pensavam que matando-os assim nom fariam mais que perpetuar a derrota alemã.
A superioridade da raça aria, em particular no desporto, era umha obsessom para Hitler e os altos mandos. Por essa razom, antes de fusilá-los, queriam ganhar-lhes no campo.
Com um clima tremendo e ameaças por todas partes, para o 9 de agosto anuncio-se a revanche, no repleto estádio Zénit. Antes do choque, um oficial das SS entrou no vestuario e dixo em russo: “som o árbitro, respeitem as regras e saúdem com o braço em alto”, exigindo-lhes que fixessem o saúdo nazi.
Já no campo, os futebolistas do START (camisola vermelha e pantalom branco) alçarom o braço, mas no momento do saúdo levaro-no ao peito e em lugar de dizer “Heil Hitler!”, gritarom ”Fizculthura!”, um eslogam soviético que proclamava a cultura física. Os alemães (camisola branca e pantalom negro) marcarom o primeiro golo, mas o Start chegou ao descanso ganhando 2 a 1.
Houvo mais visitas ao vestuario, desta vez com armas e advertências claras e concretas: “se ganham, nom fica ninguém vivo”. Os jogadores tiverom muito medo e propuserom-se nom sair ao segundo tempo. Mas pensarom nas suas famílias, nos crimes que se cometiam, na gente sofrida que nas tribunas berrava por eles. E saírom. Derom-lhes aos nazis um verdadeiro baile. Para o final do partido, quando ganhavam 5 a 3, o dianteiro Klimenko ficou mam a mam com o arqueiro alemão. Eludiu-no e ao estar só em frente ao arco, quando todos esperavam o golo, deu-se a volta e pateou para o centro do campo. Foi um gesto de desprezo, de burla, de superioridade total. O estádio viu-se abaixo.
Como todo Kiev falava da façanha, os nazis deixarom que se fossem do campo como se nada tivesse ocorrido. Inclusive o Start jogou aos poucos dias e ganhou-lhe ao Rukh 8 a 0. Mas o final estava escrito: após desse último partido, a Gestapo visitou a panaderia.
O primeiro em morrer torturado foi Kortkykh. Os demais presos forom enviados aos campos de concentraçom de Siretz. Alí matarom brutalmente a Kuzmenko, Klimenko e ao arqueiro Trusevich, que morreu com a sua camisola posta. Goncharenko e Sviridovsky, que nom estavam na panaderia, forom os únicos que sobreviverom, escondidos, até a libertaçom de Kiev em Novembro do '43. O resto da equipa foi torturada até a morte.
Esta é a história do dramático “Partido da Morte”. O cineasta John Huston inspirou-se neste facto real para rodar o seu filme “Escape à vitória”. No filme fixo o que nom puido fazer o destino: salvar aos herois.
Ainda hoje, os poseedores de umha entrada para aquel partido têm direito a um assento grátis no estádio do Dinamo de Kiev.
Nas escalinatas do clube, custodiado de forma permanente, conserva-se actualmente um monumento que saúda e recorda a aqueles herois do Start, os indomaveis prisioneiros de guerra do Exército Vermelho aos que ninguém puido derrotar durante umha dezena de históricos partidos, entre 1941 e 1942.
Mataro-nos entre torturas e fusilamientos, mas há umha lembrança, umha fotografia que, para os siareiros do Dinamo, vale mais que toda-las jóias do Kremlin. Alí figuram os nomes dos jogadores e umha lenda: “Da rosa só nos fica o nome”.
Em Ucrania, os jogadores do FC Start hoje som herois patrios e o seu exemplo de coragem ensina-se nos colégios. No estádio Zenit umha placa reza “Aos jogadores que morrerom com a frente em alto ante o invasor nazi”.

Cartazes soviétivos (traduzidos) VII


A nossa causa é justa. O inimigo será esmagado!