O mestre Engels fala sob o materialismo histórico


"A concepçom materialista da história parte da tese de que a produçom, e trás dela o troco dos seus productos, é a base de toda ordem social; de que em todas as sociedades que desfilam pola história, a distribuçom dos seus produtos, e com ela a divissom social dos homes em classes ou estamentos, é determinada polo que a sociedade produz e como o produz e polo modo de trocar os seus produtos. Segundo isso, as últimas causas de toda-las mudanças sociais e de toda-las revoluções políticas nom devem buscar-se nas cabeças dos homes nem na ideia que eles fagam da verdade eterna nem da justiça, se nom nas transformações operadas no modo de producçom e de troco; devem buscar-se nom na filosofia, se nom na economia da época da que se trata. Quando nace nos homes a consciência de que as instituções sociais vegentes som irracionais e injustas, de que a raçom tornou-se em sem-raçom e a bendiçom em praga, iso nom é mais que um indicio de que nos métodos de produçom e nas formas de troco producirom-se silenciosamente transformações com as que já nom concorda a orde social, cortado polo pratom de condições económicas anteriores. Com isto queda que nas novas relações de produçom tenham que conter-se já –mais ou menos desenvoltos- os médios necessários para ponher fim aos males descubertos. E estes medios nom devem de quitar-se da cabeça de ninguém, se nom que é a cabeça a que tem que descubri-los nos feitos materiais da producçom, tal e como os oferece a relidade."